sexta-feira, 3 de maio de 2013
Guerra e Amor, união, exclusão, bloqueio, liberdade.
Acordou cedo, Celinha ainda dormia.
Preparou um café e bom dia. Para si e para todos.
Foi ao quarto e disse, vou dar uma volta.
Ela escutou mas não despertou, estava segura e sossegada.
Amor.
Estava num barco dem Parati, sonhando.
Ele percebeu a calma e o nevoeiro e a calmaria, devagar.
Assim que ia abrir o portão de grade que dava para ver lá fora
viu um japonês passando na calçada que parou.
- Bom dia. Disse o oriental bem vestido, uns 50 anos.
- Bom dia.
A Celinha está? Dê um alô prá ela.
Que isso ? Indagou Bill. Quem é você?
- Sou o Shigueo.
Tá bom. E Bill olhou cara a cara o japonês.
Era o sujeito da visão, é ele.
O japonês que viu na visão na frente de guerra
no sofá na varanda na casa do Ari.
Farda, metralhadora, era a segunda guerra.
Guerra. O japonêis sumiu.
Bill respirou fundo. Mas vou na padaria.
A rua antiga e meio central, com casas que se fechavam
de parede e grades na calçada.
Carros, gente. Diferente.
Padaria de esquina, cheia de homens, até com ternos.
Civis policiais e advogados.
Ele de calça desbotada, o que é que há ?
Naquela 9 horas da manhã.
Camiseta cinza, simples, discreta.
Café lógico, balcão lotado, vou sentar,
Nem, o balcão limpou. Espere.
Isso é uma conspiração, vixi, tem Lutero aí?
E os Montes Qui Eu , tem também.
Encostou um cara, homoafetivo ? Talvez.
Mas sem conclusões. Num lugar desse, cheio de homens
bem vestido, um ambiente masculino.
- Qual o seu nome?
Perguntou bill?
- Sou daqui, disse o cara.
Bom, amigo, se você não quer dizer o nome,
não quero conversar com você.
- Meu nome é segredo.
Ah, tá bom.
- Engenheiro, disse Bill, - Se você não diz seu nome
eu me sinto bloqueado por você.
Assim eu acho que vou te excluir e bloquear.
O jovem ficou boquiaberto, péra lá, e animado convidou:
- Vamos tomar uma cerveja.
O japonês Shigueo estava numa mesa com professores
e funcionários públicos comissionados da prefeirtura.
De novo troca de olhares. Bill 99 % das vêzes ganha o olho-no-olho.
Não conheço, mas, sei lá esses caras aí.
Água , isso, Tá na hora, de quê ? Tá cedo.
- Ei, jovem, vou andando aí que tenho que ir.
Tá bom , fazer o quê ? O cara ficou na dele.
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