Acordaram cedo, Bill já quis seu café.
- Celinha, vou tomar um café.
E eu vou sonhar.
Na saída da pousada ele encontrou o Hélio Djhou
que já tomou café, vamos. Tomaram café puro,
as mulheres estão deitadas, e elas querem ficar sozinha até as 10.
Então, praia dos ranchos, da Vila, ali do lado.
Olharam o mar, muito calmo, sem nenhuma onda.
O vento é invisível.
sentaram na areia e contemplavam, meditavam, apreciavam
a paisagem, o horizonte, o Céu, agradeceram a Deus, tudo brilhava.
Foram até o mar, agradeceram o mar, entraram só um pouquinho,
molharam os punhos, a barriga e a testa, para ir preparando o corpo
na temperatura, mas a água ali é quase morna,
engraçado, em Ipanema no Rio de Janeiro ali do lado
a água é fria, gelada, isso é inexplicável ainda.
A maré é inexplicável, em Santa Catarina é de 8 metros,
no Rio de Janeiro é de 1,4 metros. Rio e Santa Catarina
estão lado a lado numa escala planetária, oceânica, atlântica.
O oceano se agitou, um vento, uma tempestade ao longe.
Espere, vai chover, vem vindo o vento.
Celinha apareceu no ar, quero andar pela praia.
O vento é invisível. Mas sensível.
Vamos andar, sabe Hélio Djhou, vamos chamar as mulheres
e fazer uma caminhada, legal, água e bala de chocolate mole.
Elas acordavam devagar, chuparam uma mexerica, e queriam vida,
alguém, casos, estavam receptivas. Chegaram os homens,
vinham conversando, elas escutaram e se sossegaram.
Então vamos andar, mas é bastante, até a praia Brava,
a gente, as mulheres, quer andar mesmo, Celinha e Vanessa.
É longe, vamos de ônibus circular até a entrada da trilha
e de lá a pé, uns um Km, e 200 metros. Boa.
Quanto brilho pela rua até o ponto de ônibus,
flores naturais e artificiais com água com açúcar
e muitos beija flores as beijando.
-Tá, e aquela história de que água com açúcar mata os beija flores?
- Beija flor tem hífem?
- Sei lá.
-Então, uns diz que mata outros não.
- Vai ver que é a fermentação do açúcar há dias na água que envenena-os.
Não tem anjos porque não tem pombas, colúmbias.
Mas beija flor é linda ave que voa pelo Céu e pelas flores.
Tem Anjos sim.
Lá vem o ônibus, vamos.
A trilha é reviravolta,
-Tá estranho "Hélio Djhou", -disse Celinha.
O pescador disse que vai acontecer uma transformação em Trindade.
Mas isso é problema seu. De leve, porque eu quero andar e nadar e voar.
E saiu andando
Chegaram na praia, deserta, uhuu, ainda bem, ninguém.
Melhor para as mulheres, porque na city, no sistema,
é difícil a situação da mulher, mas aqui na praia deserta é fácil,
Não precisa arrumar o cabelo, o mar e o vento arrumam, muito fácil.
Celinha ia deslizando os pés pela areia, flutuando. Esquiando.
Foram, ela assim, para o canto norte da praia.
Nunca escondo minha loucura.
Oi amor. Você me ensina a respirar debaixo d'água e eu te ensino a voar
Beleza, vamos nadar.
Fique aqui, o mar está calmo, amigo, pela espiral ele vai nos levar
até para mais perto da praia, tranquila.
Vamos mergular e ficar quietos, ele segurou coma as duas mão,
levemente em seus dois braços, respire fundo e com calma,
feche os olhos suavemente e vamos, soltaram um pouco o ar,
ajoelharam na areia do fundo do mar.
e se harmonizaram com a água.
As mão dadas davam, sossego.
Ela viu computador, escreveu algo, um carro, uma árvore.
Os peixes respiram debaixo d'água. São eletrônicos,
têm uma linha lateral tipo radar que mostra tudo à eles.
Isso, temos visões e busquemos perceber os elementos
pela linha lateral de nosso corpo. Principalmente pela linha
lateral de fora dos braço. Linha de comprido,
do alto do ombro até o cotovelo, pela parte mais de fora do braço.
Flutuando viam peixes, listrados. Foram para a entrada do oceano
e , calma, respeitemos o mar, entrar aí é a morte.
Celinha entendeu, encantada, emergiram e se levaram até a areia.
-Ou, aqui, - diz Hélio Djhou na beira da floresta no limite da praia.
Água limpinha, para tirar o sal e lavar a boca e beber.
Vamos que vamos, caminhar...
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