Perguntou o mestre de obras para o Hélio José que queria
trabalhar na construção de uma casa, 120 reais a diária..
Hum. É , mais , então. Tudo bem, nem dá aula agora, é fora de época.
Não quero. Eu sou fotógrafo.
Um fotógrafo deve ficar tranquilo quanto às suas fotos.
Publiquem, são públicas, mas se alguém ganhar muito dinheiro com elas,
aí se aciona a Justiça, e receba sua parte do faturamento do ladrão
de propriedade artística e cultural. Nos EUA a Justiça funciona para isso,
vamos torcer para nossas fotos serem roubadas, usadas e ou plagiadas lá.
Lá tem poucos ladrões, aqui tem mais, proporcionalmente,
então vamos lutar para que a Justiça seja justa aqui, mais rápida.
Trabalhar, cumprir tarefas e metas nos serviço profissional de fotografia. Sim.
Mas a Globo tá pagando para publicar, e recebendo de quem
patrocina,
dá dinheiro, para essa transmissão exclusiva e grande audiência.
Assim já se ganhou para publicar com exclusividade,
já se já pagou isso na TV
aberta, autorizada pelo governo, limitada.
Porquê o governo limita a
transmissão e quantidade da TV aberta?
Para evitar organizações e atos de golpe
de Estado.
Em rede nacional, podem passar mensagens instantâneas globalmente,
nacionalmente. Antes era para não haver
mensagens ocultas para
golpistas de Estado. Mas hoje, com o celular, a internet
...
Ilusão de ótica, os carros têm o mesmo tamanho.
Pintura em camiseta.
Isso, eu também pinto em camiseta.
Foi no Açaí do Alemão, bem que tinha café grátis lá.
Tá esquisito, o quê, conflitos de terra?
Uma tal TDT quer uns territórios, a associação quer parques.
Aí tá certa ela, uai, a Associação.
Trindade era uam aldeia de índios Cataguases.
Um lugar lindo visto pelas tripulações dos navios
do Rio de Janeiro à Ubatuba e Santos.
Aos mares do sul. Só havia o meio marítimo de comunicação.
Não havia estradas, eram trilhas, de Paraty ao Rio
ou era trilha de 3 meses ou a navegação no mar.
Do Rio a santos só eram conhecidas algumas praias e enseadas.
E tem muitas praias, muitas bahias.
Os piratas se escondiam, ouro, a névoas surgiam,
o nevoeiro é lindo. "Eu não estou enxergando mas estou vendo".
- Pare, diz o Hélio Djhou, no nevoeiro o certo é parar,
escutar para ver, saber. Na lanchonete Açaí do Alemão.
Na rua principal da vila de Trindade.
- Lá em casa tem jaca, cacau, manga, de monte, -diz o Alemão.
Bom heim.
"Em 1996, as três terras indígenas existentes no Rio de Janeiro - a Terra Indígena Guarani de Bracuí, localizada no município de Angra dos Reis, a Terra Indígena Araponga e a Terra Indígena Parati-Mirim localizadas no município de Paraty - tiveram o processo de demarcação concluído e foram homologadas pelo governo federal. O Presidente da República, seguindo a Constituição brasileira, reconheceu-as oficialmente como terras tradicionais do povo Guarani e fez publicar no Diário Oficial da União os decretos que dão direito aos Guarani a posse permanente dessas terras.
Vivem nas três aldeias, aproximadamente, 450 pessoas. A Terra Indígena Guarani de Bracuí é a que tem a maior população, cerca de 320 indivíduos. Mais da metade é constituída por crianças menores de 14 anos".
"Os Guarani que vivem hoje , em território brasileiro, somam, aproximadamente, cinco mil pessoas. Há também Guarani vivendo em áreas na Argentina, Paraguai e Bolívia.
O subgrupo Mbya , em Angra dos Reis, vive no alto da serra em meio à Mata Atlântica, de onde podem avistar o mar. Atravessar o mar e encontrar a Terra Sem Mal, o paraíso mítico, é o sonho dos Guarani. Na busca incessante desse paraíso, que segundo a tradição pode ser alcançado em vida, eles precisam cumprir e respeitar um conjunto de regras e conduta divina que lhes são transmitidas pelos xamãs. São elas que norteiam as relações que mantém com a natureza, com todos os seres humanos e com os espíritos. É o modo de ser e viver guarani, o nandereko".
"Um bom lugar para viver, de acordo com o seu nandereko, é próximo ao mar, mas distante dele. Tem que ter terra boa para plantar, pois são, tradicionalmente , agricultores, mantendo roças familiares e plantando, em sistema de rodízio, os principais alimentos de sua dieta como o milho(awati), mandioca(mandio), batata-doce(djety’i), amendoim (manduvi) e feijão(kumandá), uma média de três hectares ao ano.
Tem que ter um lugar para pescar, caçar e colher as frutinhas do mato. Costumam ter sempre próximo às casas de moradia(o’y) árvores frutíferas como complemento alimentar, tais como o abacateiro e a bananeira. A mata é necessária para os índios para colherem o material necessário para a construção de casas, cestos, arcos, ornamentos e objetos rituais, mágicos e religiosos".
Então, vai vendo, "professor de história.
E a história deve ser construtivista, primeiro a dos nativos
para os nativos. E aqui em trindade a história é mais ou menos essa.
Índios, já em nação, Guarani, organizados e religiosos.
Cadê o livro contando a história do contato com os não-índios
do ponto de vista Guarani ?
"A Casa de Reza(opy) ocupa lugar de destaque, convergindo para ela todas as atividades significativas da aldeia. No seu interior, cuja vedação é completa para impedir a entrada de espíritos indesejáveis, os Guarani ouvem as belas palavras(porahei) proferidas pelos xamãs e realizam os rituais funerários, de cura, e do batismo do milho. É no pátio ,em frente a opy, que se realizam as reuniões de deliberação da comunidade e o xondarê, dança lúdica guarani, quando todos brincam ao som do violão e da rebeca".
"São os xamãs, conhecidos também por rezadores, que, ouvindo as vozes e orientações dos deuses, os conduziram a esses espaços para que pudessem neles construir suas aldeias, o tekoa".
"O tekoa é formado por um complexo de pequenos núcleos, de duas ou mais casas, dispersos pela área escolhida. Nele, as relações sociais e de parentesco, a divisão sexual do trabalho e as relações cosmológicas com os espíritos e o sobrenatural se reproduzem e se atualizam, dando sentido ao modo de ser e viver Guarani.
Há quinhentos anos os Guarani têm enfrentado o desafio de sobreviver de acordo com suas tradições, interagindo com a sociedade brasileira. Vêm selecionando e incorporando as suas tradições e valores as novas necessidades e conhecimentos advindos dessa relação.
Hoje, administram, em parceria com várias instituições, os projetos que escolheram para desenvolver em sua comunidade: a escola bilíngüe, que já produziu uma cartilha Guarani para alfabetização, e um livro contando a história do contato com os não-índios do ponto de vista Guarani; a instalação de um posto de saúde na aldeia e a formação de agentes de saúde guarani; a construção de açudes para piscicultura; a criação de animais ; o ponto de venda de artesanato em Angra dos Reis e o projeto de oficinas fotográficas; entre outros. Na aldeia Sapukai, do tekoa de Bracuí , os Guarani vivem o tempo presente e constroem o futuro de seus filhos".
Então aqui viviam os guaranis.
- Que cataguases, o ce também em professor. Questiona o Alemão.
Os guaranis dali são os mbyas, calmos tranquilos,
os cataguases eram de minas, das montanhas, ferozes.
Esses dois "estados" indígenas, assim com outros, aimorés,
caioás, bracuí, caigangues, araponga, são todos da Nação guarani.
Araponga, tá vendo Alemão, tem araponga aqui também.
.
Nesse período, os franceses também tentam colonizar o Brasil. Aproveitando-se da luta entre portugueses e índios, os franceses se unem aos tupinambás e à confederação. Em 1555, eles criam a
França Antártica na baía de Guanabara, no Rio
5. Em 1563, os jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta propõem uma trégua aos índios inimigos dos portugueses. A Paz de Iperoig - nome da atual cidade de Ubatuba (SP).
Foi no Açaí do Alemão, bem que tinha café grátis lá.
Tá esquisito, o quê, conflitos de terra?
Uma tal TDT quer uns territórios, a associação quer parques.
Aí tá certa ela, uai, a Associação.
Trindade era uam aldeia de índios Cataguases.
Um lugar lindo visto pelas tripulações dos navios
do Rio de Janeiro à Ubatuba e Santos.
Aos mares do sul. Só havia o meio marítimo de comunicação.
Não havia estradas, eram trilhas, de Paraty ao Rio
ou era trilha de 3 meses ou a navegação no mar.
Do Rio a santos só eram conhecidas algumas praias e enseadas.
E tem muitas praias, muitas bahias.
Os piratas se escondiam, ouro, a névoas surgiam,
o nevoeiro é lindo. "Eu não estou enxergando mas estou vendo".
- Pare, diz o Hélio Djhou, no nevoeiro o certo é parar,
escutar para ver, saber. Na lanchonete Açaí do Alemão.
Na rua principal da vila de Trindade.
- Lá em casa tem jaca, cacau, manga, de monte, -diz o Alemão.
Bom heim.
"Em 1996, as três terras indígenas existentes no Rio de Janeiro - a Terra Indígena Guarani de Bracuí, localizada no município de Angra dos Reis, a Terra Indígena Araponga e a Terra Indígena Parati-Mirim localizadas no município de Paraty - tiveram o processo de demarcação concluído e foram homologadas pelo governo federal. O Presidente da República, seguindo a Constituição brasileira, reconheceu-as oficialmente como terras tradicionais do povo Guarani e fez publicar no Diário Oficial da União os decretos que dão direito aos Guarani a posse permanente dessas terras.
Vivem nas três aldeias, aproximadamente, 450 pessoas. A Terra Indígena Guarani de Bracuí é a que tem a maior população, cerca de 320 indivíduos. Mais da metade é constituída por crianças menores de 14 anos".
"Os Guarani que vivem hoje , em território brasileiro, somam, aproximadamente, cinco mil pessoas. Há também Guarani vivendo em áreas na Argentina, Paraguai e Bolívia.
O subgrupo Mbya , em Angra dos Reis, vive no alto da serra em meio à Mata Atlântica, de onde podem avistar o mar. Atravessar o mar e encontrar a Terra Sem Mal, o paraíso mítico, é o sonho dos Guarani. Na busca incessante desse paraíso, que segundo a tradição pode ser alcançado em vida, eles precisam cumprir e respeitar um conjunto de regras e conduta divina que lhes são transmitidas pelos xamãs. São elas que norteiam as relações que mantém com a natureza, com todos os seres humanos e com os espíritos. É o modo de ser e viver guarani, o nandereko".
"Um bom lugar para viver, de acordo com o seu nandereko, é próximo ao mar, mas distante dele. Tem que ter terra boa para plantar, pois são, tradicionalmente , agricultores, mantendo roças familiares e plantando, em sistema de rodízio, os principais alimentos de sua dieta como o milho(awati), mandioca(mandio), batata-doce(djety’i), amendoim (manduvi) e feijão(kumandá), uma média de três hectares ao ano.
Tem que ter um lugar para pescar, caçar e colher as frutinhas do mato. Costumam ter sempre próximo às casas de moradia(o’y) árvores frutíferas como complemento alimentar, tais como o abacateiro e a bananeira. A mata é necessária para os índios para colherem o material necessário para a construção de casas, cestos, arcos, ornamentos e objetos rituais, mágicos e religiosos".
Então, vai vendo, "professor de história.
E a história deve ser construtivista, primeiro a dos nativos
para os nativos. E aqui em trindade a história é mais ou menos essa.
Índios, já em nação, Guarani, organizados e religiosos.
Cadê o livro contando a história do contato com os não-índios
do ponto de vista Guarani ?
"A Casa de Reza(opy) ocupa lugar de destaque, convergindo para ela todas as atividades significativas da aldeia. No seu interior, cuja vedação é completa para impedir a entrada de espíritos indesejáveis, os Guarani ouvem as belas palavras(porahei) proferidas pelos xamãs e realizam os rituais funerários, de cura, e do batismo do milho. É no pátio ,em frente a opy, que se realizam as reuniões de deliberação da comunidade e o xondarê, dança lúdica guarani, quando todos brincam ao som do violão e da rebeca".
"São os xamãs, conhecidos também por rezadores, que, ouvindo as vozes e orientações dos deuses, os conduziram a esses espaços para que pudessem neles construir suas aldeias, o tekoa".
"O tekoa é formado por um complexo de pequenos núcleos, de duas ou mais casas, dispersos pela área escolhida. Nele, as relações sociais e de parentesco, a divisão sexual do trabalho e as relações cosmológicas com os espíritos e o sobrenatural se reproduzem e se atualizam, dando sentido ao modo de ser e viver Guarani.
Há quinhentos anos os Guarani têm enfrentado o desafio de sobreviver de acordo com suas tradições, interagindo com a sociedade brasileira. Vêm selecionando e incorporando as suas tradições e valores as novas necessidades e conhecimentos advindos dessa relação.
Hoje, administram, em parceria com várias instituições, os projetos que escolheram para desenvolver em sua comunidade: a escola bilíngüe, que já produziu uma cartilha Guarani para alfabetização, e um livro contando a história do contato com os não-índios do ponto de vista Guarani; a instalação de um posto de saúde na aldeia e a formação de agentes de saúde guarani; a construção de açudes para piscicultura; a criação de animais ; o ponto de venda de artesanato em Angra dos Reis e o projeto de oficinas fotográficas; entre outros. Na aldeia Sapukai, do tekoa de Bracuí , os Guarani vivem o tempo presente e constroem o futuro de seus filhos".
Então aqui viviam os guaranis.
- Que cataguases, o ce também em professor. Questiona o Alemão.
Os guaranis dali são os mbyas, calmos tranquilos,
os cataguases eram de minas, das montanhas, ferozes.
Esses dois "estados" indígenas, assim com outros, aimorés,
caioás, bracuí, caigangues, araponga, são todos da Nação guarani.
Araponga, tá vendo Alemão, tem araponga aqui também.
.
"Os territórios ocupados pelos Guarani no Rio de Janeiro não estiveram
isentos de conflitos e pressões. Vale mencionar que, nos anos de 1960,
houve um esvaziamento considerável da aldeia de Parati-Mirim em função
da pressão de posseiros, e a área só foi reocupada nos anos de 1980".
"Foi no final da década de 1980 que a maior parte dos processos de
demarcação das terras indígenas no Rio de Janeiro foi aberta. As três
únicas homologações do estado se deram entre 1995 e 1996 (Pissolato,
2006, p. 33)".
Das sete terras indígenas existentes no Rio de Janeiro, apenas três
foram homologadas: Bracuí (em Angra dos Reis), homologada em 1995;
Araponga e Parati-Mirim (situadas no Município de Parati), homologadas,
respectivamente, em 1995 e 1996.
A maior terra Guarani do Rio de Janeiro é Bracuí, com 2.127 hectares.
As outras duas já regularizadas, Araponga e Parati-Mirim, têm dimensão
de 213 e 79 hectares, respectivamente. Em 2008, a Funai constituiu
grupos de trabalho para a identificação de uma nova área a essas duas
últimas aldeias. Os estudos desse GT já foram concluídos, mas ainda não
foram avaliados pela Funai.
As Terras Indígenas Rio Pequeno e Arandu-Mirim, situadas no município
de Parati, estão em processo de identificação por grupos de trabalho
instituídos pela Funai também em 2008. Há a informação da existência de
um proprietário particular na área que, por meio de um acordo verbal,
permite a presença Guarani na região (Daher, Santos e Pereira, 2010). O
relatório de identificação de Arandu-Mirim já foi entregue e aguarda
avaliação da Funai, e o relatório de Rio Pequeno ainda está em
elaboração.
LADEIRA, Maria Inês. Caminhar sob a luz: território Mbya à beira do oceano. Dissertação de mestrado em Ciências Sociais. PUC-SP. São Paulo, 1992.
PISSOLATO, Elizabeth. A duração da pessoa: mobilidade, parentesco e xamanismo mbya (guarani). São Paulo, UNESP/ISA; Rio de Janeiro, NuTI, 2007
Péra ai, qundos os brancos aaui chegaram houve um conluio entre índios e portugueses e fanceses.
Os portugueses se aliam aos tupiniquins.
e enfrentam os tupinambás. Índios como os tamoios e os goitacazes - do litoral norte do Rio - também entram em choque com os colonizadores. Para se defender, esses índios se unem aos tupinambás e criam a chamada Confederação dos Tamoios, em 1554. Tá vendo, eles criam um país, um Estados, países, Unidos |
Nesse período, os franceses também tentam colonizar o Brasil. Aproveitando-se da luta entre portugueses e índios, os franceses se unem aos tupinambás e à confederação. Em 1555, eles criam a
França Antártica na baía de Guanabara, no Rio
5. Em 1563, os jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta propõem uma trégua aos índios inimigos dos portugueses. A Paz de Iperoig - nome da atual cidade de Ubatuba (SP).
A paz serve apenas para os portugueses romperem a aliança entre índios e franceses, que são expulsos do Rio de Janeiro por volta de 1567. Nas décadas seguintes, os tupinambás e os tamoios são praticamente extintos. O índio não se escravizou.
"Subgrupos tupis tinham rivalidades
e se dividiam entre aliados e inimigos dos colonizadores".
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/que-indios-dominavam-
o-litoral-do-brasil-na-epoca-do-descobrimento
Então, até hoje tem conflito de terras no grande Brasil.
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