domingo, 11 de fevereiro de 2018

A praia do Sono.


Para se ir ao sono,
Vai de barco ou a pé, por trilha.
-Me dá uma carona? Pediu o Professor a um barqueiro.
Estavam no centro da Vila Oratório. Ao lado do Condomínio Laranjeiras.
-Meu barco está cheio, respondeu o navegante, com o maior respeito.
- “Que carona o quê, ô, folgado”, respondeu um outro barqueiro, jovem, sem nenhum respeito. Enxerido.
- Sai fora, ô, não falei com você, não. Seu intrometido.
O sujeito ficou irritado, achava que era dono dos barcos, da circunstância.
O Professor olhou para o ambiente, e estava no trecho do Sono.
Numa rua, na calçada da rua principal da vila Oratótio.
Ali se decidia se ia de barco, 35 reais, quinze minutos, ou a pé, pela trilha, 2 horas.
As mochileiras, querem ir pela trilha, decididas.
Vou junto, pensa o Professor.
Carregado de mochila e bolsa tiracolo, a pé, devagar.

              Canto direito da praia do sono, a lado do Camping do Magú


       Tem sujeito que acham que uma praia é dele. Outros acham que uma praça é deles, outros que uma Igreja. Que chato, e o nem bom é estar sozinho. Aí vale a força do mais forte.


E se quiser ir de barco para a praia do Sono tem que ser sequestrado por seguranças do Laranjeiras que te colocam dentro de uma van e vái, vão e o leva até o portinho que está na marina do condomínio.   
Isso é constrangimento. Tem um grande de antigo conflito, os moradores do sono e do Oratório se quiserem andar por ali têm que ser enclausurados.

Link  laranjeiras. Essa história já está aqui :

http://heliojhou.blogspot.com.br/search?q=Laranjeiras

 Os caras querem comprar toda a vila do Oratório. Problema deles, mas impedir o livre acesso por caminhos públicos é crime, constrangimento ilegal.
Um condomínio, fechado, de ricos, linda praia. Até aí tudo bem, mas pedir satisfação para quem por ali nas vias públicas passa é. Tem seguranças armados com metralhadores e rádios, param você na estrada e intimam: ”aonde você vai”?
Os moradores seculares do Sono e Laranjeiras têm que dar satisfação.
Ali tudo é filmado, desde a entrada da Rio Santos para Trindade e Laranjeiras, da onde se vai ao Sono, é tudo registrado.
Passa um carro na via é sua placa é puxada.
Segurança total, banqueiros e políticos importantes.
Helicóptero da Força Aérea B.
A trilha é linda, fácil, mas são 3,5 Km de caminhada, muita subida no começo, 3,5 mil degraus.
Tem erva nessa trilha, muita vegetação e precipícios.
Parou para descansar, muita subida. Senta.
Cuide de sua Paz, a tranquilidade atrai demônios, espíritos ruins, inveja, que querem tirar a sua Paz. Tô nem aí. Sou eu, quem é você?
Bom, vamos de trilha. É boa, mas o começo é difícil, são 3 mil degraus feitos na terra e pedras  na subida de uma montanha, depois é só planos e meios planos, uma beleza.
Um plano é tocar guitarra nas ruas de Paraty e ganhar dinheiro doado.
O Professor até imagina a cumbuquinha que compraria do artesanato índio exposto em Paraty para o público colocar dinheiro do som que fará nas calçadas do centro histórico.

Foto Paraty 2017 a
           Mochileiras de Santa Catarina, do Sul, em Paraty. Vão ao Sono.

A praia do sono é a mais em voga do mundo hoje. A mais louca.
O mundo inteiro está indo ali.
É o point dos transados.
A moçada e rapaziada mundial têm points. Antes era Katmandu, no Nepal, depois Marrakesh,
Depois Bali, na Indonésia. Esses points continuam, mas há sempre o point do ano, da década, os mais transados. E os mais transados são rústicos, difíceis, geralmente se vai de mochilas e barracas, o que é um conforto. Tem a Califórnia, algum lugar lá, o Machu Picchu, Trancoso é um point mundial, rústico, lindo, Bahia, pessoas da Suécia, Inglaterra, Israel, EUA estão com embaixadas em Trancoso.
Tem os points clássicos do turismo mundial, Nova York, Acapulco, Havaí, Rio de Janeiro, Paris.
E tem os pontos clássicos do turismo normal do Brasil: Camboriú, Bonito, no Mato Grosso do Sul, Salvador, Fortaleza.
O Sono é uma vila de pescadores, pequena, tradicional, caiçara. Tem Escola, padaria, bares e restaurantes, tudo simples. A maioria das casas é de madeira ou de taipa (de pau-a-pique, pilar de bambu e paredes de bambu com barro, telhado de sapé ou de folhas de palmeira).
A praia do Sono é rústica, camping. Mas linda, Mágica. A parte de cima da praia é toda sombreada, mas com areia de praia, a prte mais alta, a faixa de areia mais acima, entre um rio e o continente.
A mais transada e cobiçada praia, hoje. Lindas ricas ou pobres mochileiras do Brasil e do mundo vão ao Sono.

Foto meu computador praia pen drive
                       Na trilha na floresta na Serra do Mar.

Hélio Jhou encontrou um cara tocando violão, tocou também.
Uns gostaram, outros não. Uma “socialista” o tirou porque numa conversa ela não gostou.
Eu gosto do Raul, os de esquerda não fizeram, nada há 50 anos.
Quando chegou, chegaram bandidos e se juntaram com os bandidos, não precisava de aliança.
Seu namorado o Professor encarou.
Tá bom, só porque é alemão vai se impor. Qual é?
O se está certo, mas minha mina não gostou.
Tá bom, eu nem tiro essa foto. Mas estava linda.
O alemão, namorado da “socialista”,  recuou.
O Professor andou e viu um restaurante com palco para show.
- Posso tocar um violão?
              - Claro respondeu a dona. O palco é livre.
              E tocou Raul e o Hino Nacional.
              Legal.
                - Vamos combinar.
               Tipo assim, toco aqui, se tiver público, ganho 200 reais.
              - Bom, preciso falar com meu marido.

               Apareceu um holandês, tocas violão, sabe o português, mas finge que não sabe.
                -Te dou o violão, então tá bom. Depois deu uma cantada no Professor.
                Aqui não, pensa o "mestre".
                "Não", então me devolva o violão.
                 Você me deu. Não dei.
                 Sorte que estavam nooutro canto esquerdo da praia.
                 Vai que de tarde eu te devolvo, o violão.

                   Vamos? Não, eu vou sozinho, e o Professor foi,
                   Bom que viu o restaurante da Arita e ela estava lá.
                   Moradora antiga do local, sua amiga.
                   E esse cara? Perguntou Jhou, o Professor, sobre o holandês.

                   Se afaste dele, nem chega perto.
                   "Devolva o violão".

                    Esse cara é um ladrão que roubou um iate em Amsterdã, Holanda,
                   fugiu para a Colômbia, morou lá 3 anos e agora está escondido no Pouso da Cajaíba.
                  Cajaíba é uma praia da baia de Paraty, bem assuntada, falada, uma vila de pescadores.
                   O cara é rico e quase ninguém sabia.
                    A Arita sabe.

                     Saiu para fotografar, barcos.
                  Sentou num barco que estava na praia
                    e o mesmo carinha que se intrometeu na carona pedida disse:
                   - “Ô, isso aí não é banco, não”.
Exibido, queria se mostrar. Mas os demais pescadores o reprovaram e ficou sozinho.
O Professor Hélio Jhou entendeu e se levantou, mas fez uma foto de um barco chegando.

Foto de barco na praia do Sono.

               O mar está alto

Depois encarou o cara numa luta visual. Olho no Olho.
Sorte, o cara abaixou o olhar.
Saiu da praia, caminhava na viela atrás dos campings.
O bom e´ que aqui não tem violência, nem aqui, nem em Patrimônio (uma vila de Paraty), nem no Oratório, outra vila. Nem tem polícia, os moradores fazem o respeito, e os bandidos sabem disso, nem chegam perto.
Apareceu a Carina, uma gata que acampava na beira da praia, sozinha. Ninguém reclamava, ela vai ao Sono desde os 9 meses de idade, sua mãe era hippie e todos gostavam dela.
- Você tem o elixir aí?
Claro.

Foto da Carina em cima de um barco virado para outro mundo no Sono.


Tenho, gosto de você, aonde? Lá, apontou o Professor Jhou Djhou para o fim da praia ao sul.
Vamos, e mais trilha, fotos, plantas e planos. Breve demora e vai banho frio de cachoeira.
Ela se lavando e se aquecendo na água fria da cacheira. Interessante.

Dias depois, na praia mágica, do Sono, estava meio que chovendo e o Professor foi fotografar o mar, as ondas, enormes. E tinha um surfista lá fora no mar. Ele nem reconheceu o surfista, estava longe, mas o surfista o reconheceu.
“O que que esse cara está fazendo aqui.” Pensou o pegador de onda. Este surfista é o mesmo carinha que agrediu o Professor na marina sobre a carona pedida e depois na praia sobre o Professor sentado num barco admirando a paisagem.
Gelou, ele está armado, imaginou o cara observando de longe o Jhou com um objeto na mão. O sujeito achou que o Jhou estava armado, esperando ele sair do ar para mata-lo. Parecia uma arma, de longe, mas era a máquina fotográfica que o Professor sempre tinha em mãos.
O cara ficou aflito. Era fim de tarde, chovia fino, altas ondas.
Ninguém na praia, só os dois, o carinha tentando surfar e o Professor tentando fotografar o mar com o Céu. O rapaz aflito foi mais para longe da arrebentação e remou para o centro da praia que dava no centro da vila. O Professor não acompanhou, e o sujeito saiu aliviado do mar. Mas bolado e com uma imaginada vingança que faria ao Jhou.
O sujeito ligou para a Polícia federal e para um colega que era policial estadual e segurança do condomínio Laranjeiras.
Num outro dia, sem noção de tempo e espaço aparece a Denise, a praia do Sono é sorte. Uma mulher de São Paulo. Ela brilhava junto com os brilhos da espuma do oceano.
Você é... ? Sou fotógrafo. E você? Esqueceu de perguntar.
É bom, “mulheres não gostam de perguntas”.
E nem precisa, 30 segundos de paciência e elas falam do que se ia perguntar.
Eu sou secretária, tipo assim faço tudo num departamento do Ministério da Justiça, no Brooklin, em São Paulo.
O mar ficou lindo e calmo.
Tem helicópteros no ar, vários.
Banho de mar e de chuveiro, até mais.
O Professor foi ver se na floresta, ao lado da praia, na trilha, na montanha tinha a erva capeba ou outra.
Vem um cara e pergunta, quer uma bola.
Baseado enorme, nem entende como muitos fumam baseados enormes várias vezes ao dia.
O Professor gosta de fumar só metade de um fininho.
Ta bom, de vez em quando. Dá uma bola aí.
Ahá, o cara está de bermuda cinza, tipo da marinha. Sem camisa e se fazendo de pobre carente de alimento.
Mas era forte, não de academia, mas de força, e com a barba mais de cafajeste.
Legal, atencioso. Conversador.
- Você é da marinha? Perguntou Jhou.
Não, sou ajudante de funileiro.
Aonde? Lá no Jaiminho, na ilha do Condado.
Bom, vou nessa, ao camping.
Não existe ilha do condado, pensa o Professor, nas redondezas, questiono? Deixa prá lá, o cara é mentiroso.
O cara o acompanhou. Quer uma laranja?
O cara aceitou e disse que ia por aí.
A praia estava se povoando de moços e moças, filhas de deputados, juízes, médicos, e loucos.
Eles vão ali porquê? Porque a maconha é legal?
Nada, vão porque ali não tem violência. Ninguém rouba sua barraca, seu celular ou anel.
O camping começou a bombar, é o melhor do Sono, no canto da praia, amplo e ninguém passa pelo acampamento, só chega. Isso é bom. O professor colocava suas roupas e cobertas para secar ao sol da manhã.
Então veio a Carina e armou sua barraca ao lado da do Professor, no camping do Magú.
Aí veio um casal e armou barraca ao lado dos dois. Camping Legal.
Oi, beleza, são da onde? Tem essa mania de querer saber da onde são.
De Sorocaba. Eu sou de Bauru, diz o Professor, quase nunca dizia que era de Oi.
Ninguém deve saber quem sou eu e da onde sou.
Se pintar confusão, atrás de mim ninguém vai.
- Sabe, é que eu gosto de saber de onde são as pessoas que converso numa boa.
Aqui tem gente do mundo todo.
Muitos fazem mapa astral para se orientar astrologicamente pelo local e hora da onde nasceu.
A Julia, PF, gostou da explicação.
Eu me oriento pela minha percepção extra sensorial.
Vocês são de um alto, um plano alto, do interior de são Paulo.
Lugar bonito, terra Boa. São Paulo.
- Pra mim você é um Anjo, Júlia.
Amou.


Jhou observava o relógio do Fábio, tem uma câmera, grava e filma, fotos.
Comunica-se, celular, esse veio da Inglaterra.
- Ou veio da Suíça? Perguntou o Jhou sobre o relógio.
O cara é bom, pensou o Fábio.
- Observo que o uso de droga infantiliza as pessoas. Diz o Professor. Olhando para grupo de 3 fechados fumando um numa sombra a 40 metros.
Os usuários ficam introvertidos, não se relacionam.
E tem o propósito; fumei um louco, diz um para instigar e se achar superior a outro. E outro, cheirei uma farinha, da Colômbia, diz só para se achar, e os outros se invejar.
- O uso de qualquer coisa, ou de objetos de desejos infantiliza as pessoas. Diz a Júlia.
Um carro, ó, estou com um Cinca 1965. Uh, eu tenho um Audi 2017. Vem inveja, jogadas e prendias matérias. Coisa de moleque. Mas se adulto. É calhordisse.
Caraca, a mulher é dez.
Sua pulseira meia larga era tudo, enfeite, celular, câmera, gps.





 
- Você faz o que? Perguntou o Fábio. Rapaz correto em comportamento e conteúdo, diplomacia e cultura.
- Eu sou professor.
Sem aulas, mas assim o chamavam espontaneamente. É agente de Saúde. Era o primeiro a chegar no serviço. Critica o prefeito e um posto de saúde corrompido. Em construção e remédios. Critica o governo. Tentaram agredi-lo, até o ameaçaram de exoneração.
- Ah, é? Diz o professor Jhou explicando a aconteceu com ele no serviço na prefeitura de Promissão. – Então procurei um advogado.
Documentos, papéis, testemunhas. Provocação na Justiça.
- Rapaz, eles coagiram as testemunhas. Explica Jhou. Devia ter alado isso para o Juiz. Mas falei que o preposto do DP da prefeitura era mentiroso e que o documento ali era falso.
Os federais só escutavam, e gravavam.
- Na frente do Juiz completa Jhou. Ganhei a causa e eles recorreram, foi para o TRT de Campinas, ganhei, recorreram, foi para Brasília, ganhei.
Bom, aqui tem, elixir de capeba com jambu.
Bom, olhou o Professor para o casal sentado na praia na sombra da amendoeira.
- E vocês? Quem são?
O casal, tão distraídos, em pensamentos longe, se ligaram, e hã?
- Vocês são da polícia.
 Afirmou o Jhou.
Acertou.
- Federal, respondeu por uma só vez o agente.
- Como você sabe? Perguntou a Federal Júlia.
Mensagens inesperadas que recebo, entendeu Jhou.
- “Ele sabe”, murmurou o Fábio, o “namorado” da Júlia, policiais federais disfarçados de casal na encantada praia do Sono.

- Bom, vamos trabalhar, vender, trocar, pensa o Professor que estava esperando o Magú acordar.
- O Magú, é o seguinte, tô com a grana curta mas tenho essa bebida aqui.
E mostrou um elixir, de capeba, erva baleeira e jambú, de cachaça.
O Magú estava mal, sei lá tipo dengue com estômago ruim. 
- Tô precisando, daí, pediu ele sem querer expliações...
Tomou um gole e bim, melhorou de todos os males em 1 minuto.
- O quê, eu quero.
- Então, deixo essa garrafa com você e fico aqui no camping uns dias.
- Uns dias? Questionou um ajudante íntimo do camping.
- Fica o tempo que você quiser. Diz o Magú.
Cabô, relaxar, secar roupa no sol, e vai. Descansar na sombra do abricó.


                           Flores que desconhece
Andando no plano da Praia, muita sombra, muita árvore, mais sombra do que sol na elevação da praia que é cheia de árvores, principalmente 7 copas e abricós. Encontra um gaúcho alegre, senhor de 590 anos, blablablá, vem almoçar.
Sério? Indagou-se o Professor, economia? Almoço grátis, vou retribuir.
Bom, eu tenho uma cachaça com jambu e capeba, boa, aqui.



                               Cogumelo desconhecido
- Quer experimentar?
Claro. O Gaúcho entrou numa e bebeu um bom gole de pinga com jambu e capeba.
E o Jhou aprendia sobre os elixires e bebidas que fazia.
Fazia cachaça com capeba, e outros elementos, erva baleeira, tem com vodca também.
E pesquisava com a turma da praia. Fazia eles de cobaia, sei lá, pensava, mas o remédio, a bebida é segura.
O gaúcho bebeu, em jejum. Vixi. Em 30 segundos se pirou, se em 40 se equilibrou, se arrumou, começou a ter uma consciência planetária. Bom demais, lúcido.
A mulher do gaúcho bebeu, endoidou, de boa.
Uma amiga da mulher também bebeu, ótimo. Uma delícia.
Alguma sugestão? Não, nada nada, está excelente. O Elixir do Professor.
- O segredo é a cachaça, ou a vodca, ou o álcool. Para elixir o álcool deve ser de cereais, puro, sem cheiro.
Insípido, incolor e inodoro.
- Sem cheiro, sem cor e sem sabor, explicava o Professor.
O povo gostava. Mais um gole.
E é uma bebida, não faz mal, eles não são cobaias, são amigos que estão experimentando algo como se fosse uma caipirinha de maracujá com halls de abacaxi. Numa boa.
Ali a galera transada[P1]  usa doce (LSD) e maconha, muita.
Os federais ficavam atenuados, com as drogas, as bebidas.
A pinga de Paraty não presta. É ácida, pesada, com ranço e dá dor de cabeça.
- O que é ranço, perguntou um moço apreciador do licor.
- Ah, é quando tem gosto ruim, pesado, gosto de álcool desagradável.
A boa cachaça depende do açúcar da cana, do fermento, do clima da chuva. A cana para ser doce tem que ter pouca chuva um mês antes da colheita. O sol carbo-hidrata a cana, dá glicose.
E depende do alambique, a maioria usa tachos de cobre, num pode, tem que ser de aço inox.
O cobre cria zinábrio que acidifica, dá gosto ruim na pinga.
Tem que lavar bem o tacho de cobre antes de ser usado, mas acho que a maioria dos usineiros não os lavam.
- Cachaça boa para fazer caipirinha ou licor é a 3 Fazendas. Ou a Tatuzinho.
A notícia do elixir de capeba do Jhou se espalhou e apareciam gente para comprar, um jovem.
Só tem pra mim e pra vocês.
Traz mais.
Trago mas não se fala em dinheiro quando não há registro.


O jovem só concordou, claro.
O falso bom casal, da Federal, curtia o canto da praia.
Aparece a Carina arrastando uma barraca armada.
Aqui, que vou acampar, garante ela.
Ao lado da barraca do Jhou e da dos federais, casais.
Claro, bem vinda. Gostosa e agradável, boa pessoa, guerreira.
Conversavam com o Professor numa sombra na frente das barracas na praia na frente do mar.
E ondas e íons. O casal federal e o Jhou olhavam a sutileza dos brilhos do eletromagnetismo fazendo tons acima do mar.
É legal? É, é planta da floresta Atlântica.
Só faz bem o elixir de capeba com erva baleeira com hortelã menta.
Jogadas psíquicas, olhares, assédios espirituais.
E o Fábio, polícia Federal, já nem se importava com o Professor, com suas ervas, no caso.
Ela estava na beira do abismo com a turma, Júlia, a Federal, claro. E ordena:
- O Professor? Vamos buscar lenha que queremos fogueira.


Era uma turma de loucos, gente boa, ricos e pobres numa respeitosa confraternização.
O Sono é o grande point mundial, hoje.
Quem traz, todo mundo traz, ali não tem traficante nem policiais.
Os europeus trazem para todos, distribuem, o doce é muito barato, ou grátis.
Mas numa praia pode chegar a 50 reais. Alguns moleques trazem doces dentro dos celulares, mas são doces ruins, do Paraguai. É vendido a 2 no Paraguai, a 10 em São Paulo e a 30 ou 50 em Trindade. Mas o bom é foda e vem Holanda, e geralmente de graça. Vem na contra capa de um livro qualquer. Toda a contracapa tem LSD, o doce. Vêm lendo o livro, aqui recortam o papel, a contracapa, o papelão, o doce em pedacinhos e vendem e ou dão.
Na dose certa é o melhor remédio do mundo, dizem alguns psiquiatra. Normaliza o cérebro. Não há efeitos colaterais nem contra indicação, na dose certa que é de meio doce. A turma usa para diversão, tem uns que tomam 3 ou 4 doce em uma hora e piram muito. Mas estão vivos e lúcidos e sarados, mesmo depois de tomar LSD por vários anos.
- Mas Alguns não voltam da loucura, né? Diz a Júlia da Polícia Federal.


E ondas e íons. Os íons estão no cloreto de sódio do vapor das espumas brancas das ondas quebradas.
- Bom, nem sei, diz o Professor, - acho que esse caso de não voltar é que a pessoa tem problemas tão sérios que quando toma o doce e conhece um outro mundo, uma outra diversão, um outro ambiente espiritual, não quer voltar mesmo. Ela fica lá, na mente, no mundo novo que conheceu.
- Não sei não, diz a Júlia. Sei de casos que não voltaram e estão loucos sim.
É mas a maioria, com doses certas, estão bem.






Espalhou a notícia da pinga com capeba.


                                        Alemã desconhecida

                               Todas as fotos aqui são autorizadas.

Chegavam mulheres lindas, o mar ficou lindo.
Veio então o cara de bermuda cinza, um troll, e queria confusão, estava incitado pelo surfista e com vontade de vingança porque o Jhou sem querer o ameaçou na praia antes, ele gelou, depois viu que se enganou e queria desforrar.
A turma do bem estava em volta da fogueira, o Bermuda, esse já era seu apelido na interpretação do Jhou, pegou um galho da fogueira, com brasa na ponta e jogou na barraca do Professor Jhou. De propósito, de vingança.
O Fábio, policial Federal, viu e reagiu. Calma.
- Segure a pochete, pediu ele à Júlia.
Sua colega, tinha arma dentro da pochete.
Discretamente, levantou e disse:
- Ô sujeito, que sujeira você fez.
- Fica na sua. Respondeu o cara para p Fábio.
- Na minha? isso é crime.
O Professor e todos olhavam os dois.
- O homem é gente boa. Diz o Fábio sobre o Jhou.
O cara se aproximou com arrogância, ah, tá bom.
O Fábio passou uma rasteira nele.
A plateia levantou. O cara tentou chutar o Federal.
O domínio do Fábio, federal, foi total.
Palmas para ele. 

 Ordenou:
- Suma daqui.
O surfista não gostou e quis entrar no meio dessa briga.
- Aqui, não, sai fora. Diz o Magú . O dono do camping.
- Eu sou da polícia, se entregou o surfista.
Aguardem. E ligou para a polícia. E ameaçou o Jhou e o Fábio com polícia.
O Fábio, que também é policial fez o mesmo, ligou para a Federal.
Murmúrios e chegaram de barcos policiais militares do estado do Rio de Janeiro e policiais Federais. 8 policiais, 4 em cada barco.
- Prendam essa pessoa, diz o Fábio.
Por dano ao patrimônio alheio.
Desse dia em diante a PM do Rio nunca mais molestou jovens mochileiros.
O Professor amou a Carina e o “casal” Federal ficou amigo do Jhou na vida e no Facebook.


                          Vamos dormir um bom Sono. Sonhar.


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