segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Trindade





                              Entram no ônibus e vão. Rio-Santos, estrada tranquila e simples.
                             O caminho é pelas montanhas,
                           pelo alto em ralação ao mar, 500 metros é a média  altitude da estrada
                            no meio das montanhas.
                           Chove muito e muita chuva fina no sul do Rio de Janeiro
                            e norte de São Paulo. Serra do Mar e Floresta Atlântica.

                              Em Ubatuba chove 200 dias po ano e fica nublado mais 100.
                              Em Paraty chove 120 dias por ano e fica nublado mais 140.
   
                             - Chuva é bom anima o rapaz para a moça. Aqui nestas praias e montanhas
                             temos o menor índice de raios ultravioletas do Brasil.
                              - É bom prá pele. Explica o Hélio para a Marcela.
                               - Tem um elixir feito em Ubatuba que cura muito.

                              Ela observava o interior do bus, gente simples, introvertida.
                              Turistas da Noruega, pescadores. Tinha até remo dentro do ônibus.

                              Chegaram a Patrimônio, cidade a 20 Km de Parati,
                             daí entram numa via para Trindade.
                              Sobe numa reta só uma montanha de 1120 metros.
                              Lá em cima tem nevoeiros, que delícia.
                           
                             Sou guia turístico dela também. Vamos com calma.
                             Lá em cima tem um plano e sai uma estrada para
                             o Laranjeiras e a praia do Sono.
                            Neblinas e florestas, minas de águas cristalinas.

                             - O condomínio Laranjeiras é o de mais bilionários do Brasil.
                              Num entra, a praia do sono só se chega a pé, ou de barco.
                              Vai explicando o moço,
                             - Aí é que tá, para ir de barco para a praia do sono para o Sono
                           tem que se usar a marina dentro do condomínio laranjeiras,
                                mas estão proibindo a passagem.

                             Nas praias "do" condomínio Laranjeira só se entra com força armada.
                             Mas o exército não entra, nem o promotor provoca a justiça,
                            nem o prefeito toma uma atitude. É um estado dentro do Brasil.


                            Os barcos são o melhor meio para a praia do Sono.
                              Ou a pé, 1 hora e meia.

                          
                           No Condomínio Laranjeiras em Paraty, suas praia e seu porto natural.                           
                          só se entra com autorização,
                          os nativos que usam essa marina há 2 séculos não podem mais entrar.



      Praias e floresta Atlântica, condomínio Laranjeiras, Paraty, RJ. Ao longe fiord da baía de Paraty




            Condomínio Laranjeiras com o porto, marina, natural 
            que os nativos da praia do Sono usam desde 1790.
             Agora estão impedidos de usar esse porto natural.




            Marina no condomínio Laranjeiras.








                  Heliporto no Laranjeiras





           Praia Laranjeiras





                  Casa no condomínio Laranjeiras



              Casa no Laranjeiras




               Casa no Laranjeiras








               Praia dos Sono. Aonde se chega só a pé ou de barco. Tem uma vila de pescadores aí.




                Praia dos Antigos, vai pela trilha depois do Sono





           Praia do Sono





            Local secreto em Paraty



            Mesmo local "secreto", depois da praia do sono sobe uma montanha,
            e desce-se para a praia dos Antigos, depois a dos Antiguinhos,
              entra na floresta,  meia hora de sobe desce e plano e de lado
              tem uma saída secreta e chega essa piscina natural na rocha.
         


                              Tem helicóptero da Fora Aérea indo para o condomínio.                             
                              Os donos desse condomínio dão ordens para os governos.
                              Está chegando na política, melhor parar, ela não vai gostar.
                              E não vai mesmo, ela quer um toque, um aconchego,
                              ele encostou seu braço no dela...
                             Pegou na mão dela, ela brilhava e olhava meio fixo para ele.
                              Beijo.

                              O ônibus começa a descer, assusta, a descida é muito inclinada,
                             é a ladeira do Deus me Livre. É a descida mais íngreme do Brasil.
                             E curvas, e floresta, samambaias gigantes,  palmeiras juçaras dos melhores palmitos,
                             lindo, tudo nublado, névoas, chegam na praia do Cepilho,
                              a entrada de Trindade. Impressionante.


                    
          Praia do Cepilho

          - Aqui, orienta Jhou, - vamos ficar.
           Desceram na pedra, enorme, e um rio passa ali
            e tem que passar no rio raso para se ir á vila Trindade.
             
            - que lindo, que grande essa praia, - diz Marcela.
           
             É pequena, 180 metros de extensão, mas larga, muita areia fofa,
            rochas enormes, parece grande. Ondas grandes na época de maio a julho.

            - Vamos a pé , pela praia, diz ele.
 


              Praia do Cepilho, entrada para Trindade. Rio desaguando na rocha no mar.
              Enorme rocha limitando a praia nos dois lados, aqui e lá, e a praia deliciosa no meio.
              Quando o mar sobe , as ondas ficam enormes, é um belo espetáculo.




        Praia entre o Cepilho e a praia de Fora. Passa-se a rocha e as rocha do lado do Cepilho
        e aparece esta praia linda com pedras, areia fofa e um riozinho  lindo, à esquerda da foto,
                de água pura e gelada das montanha.

                Andaram a praia quase toda, aí descansam num sombra total de um abricó.



             Saída escura e luminosa da praia de Fora para uma rua escondida em Trindade.

                  Vamos lá.  vamos.

                 - Quer conhecer a piscina do Caixadaço ? Convida ele.
                 - Claro ! Se empolga ela.

                   Passaram rapidinho pelo centro da vila, padaria.
                    ´Água ? Doce, apresenta Jhou.
                    - Eu quero uma cerveja. Diz Marcela.

                    Ele foi até o caixa e : 3 cervejas bem geladas e uma água mineral.
                    - Você tem jornal velho aí ? Pergunta ele para o caixa da padaria.
                    -  Ah! Balas de chocolate moles e balas de café e de banana.
                        Glicose para depois da água.

                     Uma sacola. Jhou pegou uma folha de jornal , dobrou e enrolou
                     uma lata de cerveja gelada nessa folha.

                      - É um isopor . A cerveja fica geladinha até 4 horas.

                        Splesh.
                       
                        - Hum ! Diz Marcela depois de apreciar um gole de ceveja.
           
                         Saíram andando e bebendo, Ele água.
                        Precisava de um conhecimento sóbrio no mato. Lúcido.



               Praia do Meio, abricó á esquerda, muita sombra e água pura da montanha gelada,
              para beber e se molhar , eles colocam uma mangueira na montanha e sai ali na praia.


                        Saíram da vila, passaram numa praia do Meio, subiram uma montanha
                        numa trilha, muito devagar na descida escorregadia
                       e chegam na linda praia do Cachadaço.
                      
                        - Ou Caixa daço, uma caixa de aço que tinha o tesouro
                      do pirata que fugiu e ali escondeu. Ia dizendo o rapaz que se achava guia turístico.

                        Naquela época 1800, havia o Rio de Janeiro, Angra dos Reis,
                        Parati, Ubatuba, São Sebastião e São Vicente , cidades feitas,
                       grandes, com forte presença do Estado. A única comunicação entre elas
                       era por mar , barco ou navio.
                       Havia lugares "escondidos", refúgios de corsários.
                       Eles roubavam ouro em Paraty e fugiam para o sul,muitas ilhas, praias, 

                        Litoral imenso e desconhecido. E havia índios, tupinambás e tupiniquins,
                        Tamoios. Haviam os padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta.

                        Então, eram  a igreja católica e maçonaria.
                        Paraty é muita Igreja e muita maçonaria na mesma época,
                        juntas, de acordo , em paz. Só os jesuítas e a diretoria sabiam da maçonaria,
                        os demais habitantes não sabiam nem ler, e nem pensava nisso.

                        Política e religião, não. Pensa o cara para nem falar isso com ela.
                         Isso espanta namorada.



                        
           Praia do Cachadaço.
                    






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