quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A tentação do tesouro.




                        Andaram toda a praia do Caixadaço.  Linda, talvez a mais linda do Brasil.
       
                     - É a praia do Espelho em Trancoso, diz Marcela. Conhece ?

                        - Estive lá. São praias de panorama, com uma faixa de coqueiros
                     linda com mais de 2 mil Km no litoral da Bahia. Falésias. Palmeiras dendê.
                   São lindas , pensa Jhôu, mas aqui são mais lindas,
                    e não diz isso para não discordar dela, não desencantar.
                     Aqui tem floresta, rios de águas limpíssimas desaguando no mar,
                      Montanhas,  palmeiras juçaras, bananas ouro, areia fofa, mar limpo ,
                      às vezes cor de esmeralda.
                    - Eu acho que as praias mais lindas estão em Ubatuba. Diz ele.
                     A do Félix, da Fazenda, a Brava do Camburi.
                      Tem também em Ilhabela, Ilha de São Sebastião, a praia dos Castelhanos.

                      -Quer dar uma volta? Pergunta ela brincando. Dando uma volta.

        
                      Super animados, andam e chegam no canto de lá de longe
                      da praia do Caixadaço,
           
                      Jhôu pede para Marcela:

                   - Fique aqui, tá,  um pouco só.
                     Ela ficou surpresa, ele explica:
                   - Vou entrar na mata, subir um pouco a montanha, preciso ir sozinho.
                    Daqui a pouco eu volto. Descanse, por favor, espere, eu gosto de você.
                    Espero.
                    Ela de short e camiseta, sentou a areia e começou olhar as ondas, o horizonte.

                    Ele tirou uma cerveja da sacola desembrulhou-a do jornal
                    e ofereceu à ela. Que surpresa agradável.

                    Não que tinha esquecido, só não lembrava,
              
                     gostei,  expressiona, ah, a cerveja, da hora, gelada.
                       Vai, que? de boa.

                      Saiu da praia, entrou na trilha , subida, plano, rochas,
                      barrancos e muita vegetação, árvores, plantas , silêncio.
                      Parou num plano começou a respirar fundo, se equilibrou espiritualmente
                      com o ambiente, e esperou. olhou de lado e tinha uma varinha mágica.
                      Uma vara fina, descascada pelo tempo, pendurada num emaranhado de cipós
                      e plantas, preparada pela floresta, suas árvores.
                      Sentiu a textura da varinha, o tamanho, 70 centímetros, observou
                      um furinho natural na base da varinha.
                      Claro que é , se afirmou, essa é uma varinha mágica.
                      Um relacionamento mental com o ambiente,
                      Nosso cérebro tem informações e inteligências, sabe fazer as coisas.
                      A floresta tem informações e sabedoria.
                      Segurou firme a varinha, olhou para a frente, para os lados, e procurou
                      o nada. Um impulso sutil o levou para frente, um pouco para o lado esquerdo,
                      e ele saiu andando leve  no em nível num plano da montanha.

                     Chegou na rocha tetraédrica. Imaginou que na época de 1770,
                     tudo ali era desconhecido, o continente e o mar,
                      os corsários atacavam em alto mar, sem radar e sem força de lei, sem polícia.
                      Aí vale as armas, ou a fuga.

                      Uma rocha que estava no mapa do tesouro do Cavendish.
                       Um pirata inglês que esteve aqui em 1827, atacava navios portugueses
                       em Cabo Frio, roubava o ouro em na saída de Paraty.
                      depois fugia para o sul por alto mar
                      e voltava para o continente mais ao sul ainda, se refugiava em Trindade.
                      
                       A rocha tetraédrica estava num plano de 30 metros quadrados.
                        Pesa   11 mil quilos, 11 toneladas , 3 metros cúbicos
                    de silício e oxigênio agregados em rocha quartzito..
                  O cume da pirâmide está a um metro e 27 acima do plano
                     que é o mesmo da base da pirâmide.


                      Tinha perdido o mapa, agora tem que achar o ouro por encanto.

                      Achou a área do tesouro, mas o local, ao norte do tetraedro,
                       uma pirâmide trigonal de base quadrada, seguir uma diagonal.
                      Saía de lado, mas esqueceu que rumo, era nordeste, ele acha.
                       O rumo do vértice? Tá esquisito o território, é um plano,
                       mas com os rumos confusos. Tudo bem, achei o lugar.

                      Saiu  leve depressa, numa velocidade encantada  para a praia.

                      - Marcela. Falou alto para não assustá-la.
                        Se aquecia no sol e se correspondia com o mar.
                         No final a onda, quebrada, transporta a matéria.

                        Oi, achei, o lugar. Vamos?
                        Aonde ? Lá. Bom, vamos.Ela tomo a 3a. cerveja e se animou,
                          quer andar, tomar banho de cachoeira, de floresta.
                       
                        Na entrada da floresta Hélio parou delicadamente,
                      pediu licença aos elentais e elementares, à vida, ao Amor.
                        Marcela entendeu e foram. Certinho pensa Hélio Jhou,
                      230 estava no mapa, e é o que vai dar daqui até lá no plano do tesouro.
                       Ela ia na frente, ele apreciava a moça. corpo legal em acordo com a roupa,
                       fazendo uma beleza que irradiava para ele brilhos e ondas deliciosas.

                       - Aqui, - mostrando a área, - está o tesouro.
                      Diz e explica ele apresentando a rocha piramidal e o plano.

                    Marcela observou as plantas, o solo, e umas pedras num ponto de ouro do plano.
                     Ele queria por ela. No começo, tímido, tinha medo,
                     medo de  mulher decidida, mas ela aceitou ir para a floresta,
                        está muito dez. Oinnnn, irradiações, íons, na beira do mar
                       em Trindade tem muitos íons, ionnnn. das brumas do mar.


                      - Essas pedras foram colocadas aí. Diz ela.
                        Sim, claro, rochas cristalinas. Quartizito, quartzo, mineral de silício,
                       Areias crsitalinas, saibro (argila),
                       pensa o Hélio e fica vendo umas plantas nativas.

                       - O quê?

                       Ela descobriu o local do ouro.
                    
                       - Alguém morou aqui. Confirma a Marcela apontando para as pedras
                         que se amontoavam fazendo uma mesa, um móvel de pedras encaixadas.
                        Íons no ar, energias elementares, elementos.
                       Ele olhou direito e viu, pedras organizadas, por alguém.
                       Sentaram numas outras rochas e conversam de tudo.

                        Te falei do tesouro, é esse, te falei da manga rosa, bom.

                        - O bom é passar manga madura na pele.
                          É gostosa, bom para os lábios, boa para a pele.

                       Ele livre de tudo, alegre e satisfeito, ela excitada, querendo muito.
        
                       Depois, aqui é um lugar importamte, cheio de fórmulas,
                       de formas, de vida. Seres visíveis e invisível.
                       O vento é invisível, as moléculas de silício, tertraédricas,
                        são invisíveis , porém podem brilhar no ar tipo fogo, visível,
                        ou com ondas mais frequente "invisíveis".
                        Tem seres elevados , de energia do bem, 
                         e seres agitados, nem bons nem ruins,
                        
                        Transar, aqui não, tem muita plantas, muitos elementares e elementais,
                        um orgasmo deixa o homem fraco espiritualmente terreno,
                        deixa espiritualmente bem. Mas pode permitr muita
                       entrada de energias ruins, alguns demônios podem bagunçar o coreto. 
                       E tinha anjos também, amigos.
                                          
                      - Vamos para lá. Pediu ele à ela. Sim, .

                      - Muita gente pensa que o tesouro está enterrado na picina do Caixadaço
                 ou em vola dela, na prainha, o que teve de escavação nessas áreas, muita. Explica ele.

                       O caminho da praia. Trilha sem ninguém.   Achei um tesouro.
                       pensa Bill, ela foi importante, ela esclareceu o local.
                       
                        Aparece um riozinho nas pedras e areias, dez, limpo.
                        Marcela sem a menor cerimônia entrou na água , fria,
                        ele só vendo. Ela tirou a camiseta e o short e começou a se molhar,
                         e a se lavar intima e eroticamente , boa, quente.
                        Estavam dentro de uma represinha  de 20 centímetro de fundura
                        com areia grossa no fundo plano sem escorregar.
                        Ele foi se lavando aos poucos também e se olharam , se chegaram.

                        Aqui tá frio, sensação de estarem sendo vistos.
                        Vamos meio rápido para a praia como se fosse uma cama.
                        E foram tão devagar que ela delirou.

                           Você me equilibrou garota, valeu.
                           Sem pressa agora com o ouro, nem quer mais.
                          Estavam no canto de lá da Paria do Cachadaço
                      
                        - E você Marcela, qual é o seu tesouro?
                          Você, sim, pensou ela, gosto de você, sim é um tesouro,
                           não, nem quero comparar, nem quero falar.
                           
                        -  São tantos, mas , prefiro ser mulher. Cansada assim, nem quer falar.
                         - O amor. 
                          Quem procura acha.

                           Pararam e sentaram no meio da praia de frente para o mar.
                            Olhar o horizonte, as nuvens, ondas . Descansar, encontros e toques,
                           Ela queria muito e teve bastante, ele amou.

                            Som de celular, Bill Lever.

                            - Hélio Jhôu ?
                             Oi jovem, em Trindade.

                           - Quer vim para cá?
                            Claro, final de semana.
                             - Rapaz, vc tá namorando, né. Diz o Hélio.

                        Sim, então, isso que eu ia dizer, mas ela, minha paquera, estuda. Sim..
                          Péra aí, tá, um amigo meu, explica ele à ela, beleza.
                            

                    - Claro, pode vir, sim. Ô, que isso. Diz Bill sobre a Marcela ir ou não ao sítio.
                       Trevo de Santo Antônio do Pinhal. te espero, 3 horas, mas liga, please.
                       Informe, pode confiar, aqui é montanha.
                      Feliz, porque estava na praia, recebendo convite, ao lado dela.
       
                       - Vamos ?
                       - Vamos.
                        

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Trindade





                              Entram no ônibus e vão. Rio-Santos, estrada tranquila e simples.
                             O caminho é pelas montanhas,
                           pelo alto em ralação ao mar, 500 metros é a média  altitude da estrada
                            no meio das montanhas.
                           Chove muito e muita chuva fina no sul do Rio de Janeiro
                            e norte de São Paulo. Serra do Mar e Floresta Atlântica.

                              Em Ubatuba chove 200 dias po ano e fica nublado mais 100.
                              Em Paraty chove 120 dias por ano e fica nublado mais 140.
   
                             - Chuva é bom anima o rapaz para a moça. Aqui nestas praias e montanhas
                             temos o menor índice de raios ultravioletas do Brasil.
                              - É bom prá pele. Explica o Hélio para a Marcela.
                               - Tem um elixir feito em Ubatuba que cura muito.

                              Ela observava o interior do bus, gente simples, introvertida.
                              Turistas da Noruega, pescadores. Tinha até remo dentro do ônibus.

                              Chegaram a Patrimônio, cidade a 20 Km de Parati,
                             daí entram numa via para Trindade.
                              Sobe numa reta só uma montanha de 1120 metros.
                              Lá em cima tem nevoeiros, que delícia.
                           
                             Sou guia turístico dela também. Vamos com calma.
                             Lá em cima tem um plano e sai uma estrada para
                             o Laranjeiras e a praia do Sono.
                            Neblinas e florestas, minas de águas cristalinas.

                             - O condomínio Laranjeiras é o de mais bilionários do Brasil.
                              Num entra, a praia do sono só se chega a pé, ou de barco.
                              Vai explicando o moço,
                             - Aí é que tá, para ir de barco para a praia do sono para o Sono
                           tem que se usar a marina dentro do condomínio laranjeiras,
                                mas estão proibindo a passagem.

                             Nas praias "do" condomínio Laranjeira só se entra com força armada.
                             Mas o exército não entra, nem o promotor provoca a justiça,
                            nem o prefeito toma uma atitude. É um estado dentro do Brasil.


                            Os barcos são o melhor meio para a praia do Sono.
                              Ou a pé, 1 hora e meia.

                          
                           No Condomínio Laranjeiras em Paraty, suas praia e seu porto natural.                           
                          só se entra com autorização,
                          os nativos que usam essa marina há 2 séculos não podem mais entrar.



      Praias e floresta Atlântica, condomínio Laranjeiras, Paraty, RJ. Ao longe fiord da baía de Paraty




            Condomínio Laranjeiras com o porto, marina, natural 
            que os nativos da praia do Sono usam desde 1790.
             Agora estão impedidos de usar esse porto natural.




            Marina no condomínio Laranjeiras.








                  Heliporto no Laranjeiras





           Praia Laranjeiras





                  Casa no condomínio Laranjeiras



              Casa no Laranjeiras




               Casa no Laranjeiras








               Praia dos Sono. Aonde se chega só a pé ou de barco. Tem uma vila de pescadores aí.




                Praia dos Antigos, vai pela trilha depois do Sono





           Praia do Sono





            Local secreto em Paraty



            Mesmo local "secreto", depois da praia do sono sobe uma montanha,
            e desce-se para a praia dos Antigos, depois a dos Antiguinhos,
              entra na floresta,  meia hora de sobe desce e plano e de lado
              tem uma saída secreta e chega essa piscina natural na rocha.
         


                              Tem helicóptero da Fora Aérea indo para o condomínio.                             
                              Os donos desse condomínio dão ordens para os governos.
                              Está chegando na política, melhor parar, ela não vai gostar.
                              E não vai mesmo, ela quer um toque, um aconchego,
                              ele encostou seu braço no dela...
                             Pegou na mão dela, ela brilhava e olhava meio fixo para ele.
                              Beijo.

                              O ônibus começa a descer, assusta, a descida é muito inclinada,
                             é a ladeira do Deus me Livre. É a descida mais íngreme do Brasil.
                             E curvas, e floresta, samambaias gigantes,  palmeiras juçaras dos melhores palmitos,
                             lindo, tudo nublado, névoas, chegam na praia do Cepilho,
                              a entrada de Trindade. Impressionante.


                    
          Praia do Cepilho

          - Aqui, orienta Jhou, - vamos ficar.
           Desceram na pedra, enorme, e um rio passa ali
            e tem que passar no rio raso para se ir á vila Trindade.
             
            - que lindo, que grande essa praia, - diz Marcela.
           
             É pequena, 180 metros de extensão, mas larga, muita areia fofa,
            rochas enormes, parece grande. Ondas grandes na época de maio a julho.

            - Vamos a pé , pela praia, diz ele.
 


              Praia do Cepilho, entrada para Trindade. Rio desaguando na rocha no mar.
              Enorme rocha limitando a praia nos dois lados, aqui e lá, e a praia deliciosa no meio.
              Quando o mar sobe , as ondas ficam enormes, é um belo espetáculo.




        Praia entre o Cepilho e a praia de Fora. Passa-se a rocha e as rocha do lado do Cepilho
        e aparece esta praia linda com pedras, areia fofa e um riozinho  lindo, à esquerda da foto,
                de água pura e gelada das montanha.

                Andaram a praia quase toda, aí descansam num sombra total de um abricó.



             Saída escura e luminosa da praia de Fora para uma rua escondida em Trindade.

                  Vamos lá.  vamos.

                 - Quer conhecer a piscina do Caixadaço ? Convida ele.
                 - Claro ! Se empolga ela.

                   Passaram rapidinho pelo centro da vila, padaria.
                    ´Água ? Doce, apresenta Jhou.
                    - Eu quero uma cerveja. Diz Marcela.

                    Ele foi até o caixa e : 3 cervejas bem geladas e uma água mineral.
                    - Você tem jornal velho aí ? Pergunta ele para o caixa da padaria.
                    -  Ah! Balas de chocolate moles e balas de café e de banana.
                        Glicose para depois da água.

                     Uma sacola. Jhou pegou uma folha de jornal , dobrou e enrolou
                     uma lata de cerveja gelada nessa folha.

                      - É um isopor . A cerveja fica geladinha até 4 horas.

                        Splesh.
                       
                        - Hum ! Diz Marcela depois de apreciar um gole de ceveja.
           
                         Saíram andando e bebendo, Ele água.
                        Precisava de um conhecimento sóbrio no mato. Lúcido.



               Praia do Meio, abricó á esquerda, muita sombra e água pura da montanha gelada,
              para beber e se molhar , eles colocam uma mangueira na montanha e sai ali na praia.


                        Saíram da vila, passaram numa praia do Meio, subiram uma montanha
                        numa trilha, muito devagar na descida escorregadia
                       e chegam na linda praia do Cachadaço.
                      
                        - Ou Caixa daço, uma caixa de aço que tinha o tesouro
                      do pirata que fugiu e ali escondeu. Ia dizendo o rapaz que se achava guia turístico.

                        Naquela época 1800, havia o Rio de Janeiro, Angra dos Reis,
                        Parati, Ubatuba, São Sebastião e São Vicente , cidades feitas,
                       grandes, com forte presença do Estado. A única comunicação entre elas
                       era por mar , barco ou navio.
                       Havia lugares "escondidos", refúgios de corsários.
                       Eles roubavam ouro em Paraty e fugiam para o sul,muitas ilhas, praias, 

                        Litoral imenso e desconhecido. E havia índios, tupinambás e tupiniquins,
                        Tamoios. Haviam os padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta.

                        Então, eram  a igreja católica e maçonaria.
                        Paraty é muita Igreja e muita maçonaria na mesma época,
                        juntas, de acordo , em paz. Só os jesuítas e a diretoria sabiam da maçonaria,
                        os demais habitantes não sabiam nem ler, e nem pensava nisso.

                        Política e religião, não. Pensa o cara para nem falar isso com ela.
                         Isso espanta namorada.



                        
           Praia do Cachadaço.
                    






segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Paquera em Paraty





                        - Tio Carlos?

                         - Oi Bill. Beleza?

                          Tudo ótimo, estamos querendo ir aí.
                           Que Bom.
                          - Eu e a Celinha.

                            Melhor ainda, ela está com você ? Sim, Certo.

                          - Podemos chamar o Ari?
                           - Claro.
                           E a Samira ? Beleza.
                     
                           - O til, tem um amigo meu , o Hélio Jhou, então, estou pensando em convidar.

                            Tudo bem. Dez, daqui uns dias, no feriado, 15 de novembro,
                           Proclamação da República.
                             Às ordens, amigo.


            Paraty




                           Hélio Jhou estava andando no Centro Histórico de Parati.
                           Cidade forte, entre o mar e as montanhas.

                           Forma uma onda de energia que mexe com o equilíbrio da gente.

                          33 quarteirões antigos de uma mesma época, do ouro, cidade fortaleza.
                          Foi feita no ano 1667 dC primeiramente porque tem um porto natural bom,
                          uma baía de águas bem calmas e depois para o plantio de cana de açúcar,
                          Tinha 200 engenhos de açúcar e pinga, pinga boa.
                           Depois de 1700 virou rota de saída do ouro brasileiro, muito ouro.
                          
                           Aí construiram os casarões em quadras irregulares
                           e ruas que não se seguem, um labirinto, cheio de símbolos.
                           Símbolos que indicam o que é fortaleza do ouro, o que é paiol de pólvora,
                            aonde se guarda as armas, o alimento. A hierarquia.
                           O desencontro das esquinas  engana.
                           Difícil de andar, de propósito, para não ser invadida,
                            as ruas são de pedras grandes, arredondadas. Quebra carroça.
                            É complicado entrar, roubar e fugir dali.


              Símbolo de pedras empilhadas na esquina do casarão da esquina
             
                      - Os casarões mantêm a mesma escala de construção.  Ensina Bill o que aprendeu.               

                           Aonde? Alí, vira e vai.
                          Foi até a Casa de Cultura.

                          Uma mulher o paquera, vôti. Era tímido. Sou nada.
                          Rapaz, dá medo, mas vou falar com ela, já perdi muitas mulheres por timidez,
                           e o chato é que elas ficaram chateadas .

                           Vou lá.

                          -Oi.
                          -Oi.

                           Marcela, do Espírito Santo.
                           Estudante de Direito. Brilhava.

                          - Estou procurando um tesouro.
                          - Eu também.

                           - Vamos sair daqui , Convidou mandando ela.
                           - Vamos. Diz Jhou con delicadeza percebendo que ela mais pedira que mandara.

                            Andando pelas ruas pesadas do centro histórico de Parati,
                            as fachadas são repetitivas , muitas lojas de souvenirs que só se sabe
                           se olhar dentro delas. Algumas tem umas plaquinhas tão pequenas
                          e discretas de seus nomes que quase ninguém percebe.

                          - Eu prefiro Parati com i, muitos aqui preferem com y, Paraty.
                            Diz o Jhou dizendo por dizer.
                            Ela ficou confusa , nem nunca pensou nisso, e diz:
                            - Cara, vamos sair daqui.

                            De fato , andar muito nessa rua de pedras grandes destoa.
                      
                  
                          



                                  Parati.





                               Igreja de Santa Rita




                              - Vamos para Trindade. Convidou, perguntou Hélio Jhoul.

                               - Yes. Diz ela.

                                Então , prá cá, rodoviária.

                              Marcela fico aliviada e preocupada. Ir de ônibus alivia, além da economia.
                              Estava de carro, cinza feminino, mas nem quis dizer isso à ele.

                             - Tranquila, diz ele à ela ficar, - aqui não tem violência. Já era tranquila há
                            uns 30 anos atrás, gente simples, educada, recatada,
                             diferente dos fluminenses da capital.
                             E muita polícia, militar, nacional e cível (?).
                             - É civil ou cível? pergunta ele.
                             - Os dois. Cada um cada um. Civil é a polícia , civil é o carório,
                                 cívil é a comunidade. Sei lá.
                                  - Civil é sinônimo de cível.
                                - Fórum civil, vara cível. estuda ela, sei lá também.

                                 - E cível é o adjetivo de civil.

                               Mas militar não é civil, nem padre,
                             aqui tinha muito militar, canhões e padres. religiosos, Igrejas.

                             - Aqui tem muita celebridade, mais artistas considerados,
                             Paulo Autran  e Maria de La Costa.
                             - Ela tem pousada aqui. Esquecí o nome.
                             Nome diferente, simples e chic : Coxixo.

                              Muitos ricos. Então muita segurança.
                             - Em Trindade tinha uns bandidos escondidos lá.
                             Ah, mas não vira, a bandidagem lá em Trindade,
                             para entra tem uma revista policial muito brava.
                              Os meganhas só querem saber de dinheiro.
      
                          Rodoviária de Paraty. Simples de madeira, movimentada,
                           pequena, mas dá conta do recado.
                         Um encontro de todas as gentes, nativos simples, noruegueses encantados.

                       
                                      


                           

        
            Igreja da Nossa Senhora dos Remédios. Ao redor del que se formou Paraty.

                       Parati



           Símbolo de pedras empilhadas na esquina do casarão da esquina. Labirinto.
             
                      - Os casarões mantêm a mesma escala de construção.  Ensina Bill o que aprendeu.



                           Símbolos em Parati. Maré alta. Casarão de 1800. Restaurado.
                           Parecendo um totem, estela, no ângulo das paredes.
                           Esses símbolos indicam o uso do edifício, o dono, a hierarquia,
                           o ouro, que tudo compra, o poder.





                           Rua típica do centro histórico, labirinto.
                           - Fotografando mulher de sombrinha, heim, Hélio !
                            Disse assim brinca-ironizando Marcela.

                             Ele até gostou, que sutil liberdade, sutil sem ciúmes.

                                Chove bem na região sul do Rio de Janeiro, isso é ótimo.

                             - Um suco de cajú. Pede o Jhou para a jovem numa microlanchoente

                               - Experimenta, diz e oferece o suco primeiro para a Marcela.
                             
                              - Hum, bom heim.
                           
                                Bom e barato, 50 centavos o copo de 350 ml.
                                Suco natural de cajú, gostoso.

                                O mercado popular é barato em Paraty. E a rodoviária.
                                O povo nativo de Parati é muito respeitoso.

                                Õ nimbus, 357, Trindade. Esse aqui, bom, forte, é o ônibus.

                             
                Casarão com símbolos em Paraty. Losango, quadrados, retângulos.
                Mesma "base" de pedra na esquina. As formas e encaixe é um símbolo.
              
               - O que siginficam? Pergunta Marcela.
                - Num sei, aí tem que estudar semiótica. A ciência que estuda os símbolos.

                 Ela ficou satisfeita.

                - Mas dá para acertar ou quase acertar , o que já é um acerto
                  que é local de poder, de organização, de riquezas, de conhecimento.                                       



                    A base do "pilar" é de pedras empilhadas , que é outro símbolo.      
                    Estrela de seis pontas, losango, quadrado.
                     Esses casarões tinham ligações entre si.

                          Paraty tem esquinas, mas as ruas não se encontram.

                        Quem é você. Ela faz Direito, ele , sei lá.
                         Dá onde. Ela do estado do Espírito Santos.
                         - Eu ? Pensa Jhou. Num gosto de falar, to meio assim com minha cidade.
                          Vou dizer semelhante:
                          - Sou de São Paulo.
                          
                            Ela ficou satisfeita.



           Rodoviária de Paraty, simples, mas aconchegante.
           Tem salgados e sucos naturais bons e barato. 1 real enroladinho e 0,50 o suco.

           Bom mesmo, entraram no ônibus e vão para Trindade.